LÁPIS.
Antes do grafite, o homem apelou a criatividade para registrar seu feitos.
Registrar o
cotidiano, fatos e realizações sempre fez parte de nosso instinto. Os primeiros
humanos usavam instrumentos pontiagudos secos ou umedecidos em extratos de
plantas ou sangue de animais para pintar, geralmente em pedras. Os gregos e
romanos tinham artefatos parecidos com os lápis: chamados de paragraphos pelos
gregos e de praeductal pelos romanos, eram barras de chumbo cilíndricas.
Os primeiros
instrumentos considerados antecessores diretos do lápis moderno surgiram no
século 12, com uma mescla de estanho e chumbo chamada “lápis de prata”
e que foi utilizada por artistas como Leonardo da Vinci. Porém, a história
do utensílio com o atual formato tem início no século 16, com a descoberta de
jazidas de grafite – material que compõe o lápis – em Cumberland, na
Inglaterra. Por causa da cor, acreditou-se que o achado era chumbo. Só no fim
do século 18 o químico Karl Wilhelm Scheele comprovou que o grafite era um
outro composto.
A partir de
então, o material vindo das minas da Baviera, na Alemanha, começou a ser
purificado por artesãos da cidade de Nuremberg, onde estavam os carpinteiros
que, por volta de 1660, possuíam condições técnicas de produzir engastes de
madeira para o minério. O modelo mais primitivo consistia de duas pequenas
tábuas coladas, que levavam um bastão de grafite no meio. Mas foi apenas em
1795 que o militar francês Nicholas Jacques Conté inventou, em Paris, um método
para produzir pequenas barras de grafite, que podiam inclusive ter a
intensidade de cor e de traço regulada com variações da quantidade de argila na
composição.
As famílias
fabricantes de lápis só conseguiram se firmar quando teve fim o monopólio dos
artesãos que detinham o conhecimento para revestir o grafite de madeira. Daí se
originaram as atuais indústrias que produzem esse objeto que nos acompanha
desde a infância.
Fonte - Aventuras na História.
Nenhum comentário: